Os verdadeiros Maias: tradição & profecias


Muita coisa tem sido dita sobre os maias, seja nos meios acadêmicos da Old Age ou na mística da New Age, que não corresponde fielmente aos fatos mais profundos da rica e misteriosa cultura maia.
Para realmente conhecer a cultura Maia, é preciso antes compreender aquilo que significa o Pramantha, ou a Tradição, que é universal e se adapta para adquirir os devidos coloridos locais. Por isto, vemos tantos costumes semelhantes em todas as culturas tradicionais.
A palavra Universalismo representa efetivamente o seu fulcro, isto é: a unidade-na-diversidade. Isto também significa aproximar a espiritualidade e o materialismo, criando toda uma bela e rica CULTURA DA ALMA. A Alma é o ambiente das bodas sagradas entre o Céu e a Terra, por isto Alice A. Bailey define uma raça-raiz como “uma sociedade governada ao nível da Alma”. Para isto chegar a ser efetivo, estes povos mantinham, sob condição sine qua non, uma relação estreita com a Hierarquia de Luz, sabedores como eram todos eles da existência do Governo Oculto do Mundo, e na verdade, como a primeira e a mais fundamental das premissas das Sociedades Tradicionais.
Uma cultura tradicional é aquela que cultiva e preserva este Elo sagrado entre a Humanidade e a Hierarquia, alcançando deste modo ser orientada por Aqueles que Caminham na Frente, não no rumo das místicas esferas estratosféricas da consciência cósmica, mas sim pelos caminhos da própria evolução humana, para um dia sim, a humanidade chegar a se capacitar para a sua auto-superação.
Se diz por vezes que, como tem acontecido em tantas ocasiões, a palavra “maia” tem origem num grupo original de sábios, dedicados às Altas Ciências do espírito, como são a Astrologia e a Alquimia. O mesmo teria sucedido aos hindus (cf. René Guenón), aos hebreus e aos caldeus (como a Bíblia sugere), aos incas (fato histórico), etc.
Porém, se estes grupos-sementes alcançaram se transformar em sociedades-raízes, é porque tiveram sabedoria suficiente para poder se comunicar com as pessoas comuns. Para fazer isto, eles também criaram religiões para integrar o povo ao espírito geral das suas elevadas conquistas, especialmente em torno daquelas figuras mais exaltadas que haviam atravessado iniciações maiores e realizado expiações e sacrifícios em favor do bem comum.
Nisto tudo, a cultura “superior” Maia, estava profundamente identificada à cultura Nahua mexicana –a qual aparentemente seria até mesmo um pouco mais antiga, começando com os Olmecas-, distinguindo-se entre si quase tão somente no estilo artístico e na linguagem formal, mais ou menos como os gregos se distinguiam dos romanos. Nenhuma é mais “sagrada” do que a outra, e o estudo de todas elas confere um conhecimento complementar que seguramente supre muitas lacunas deixadas através da destruição feita pela Conquista, na colonização destas sociedades pelos europeus.
Está comprovado que tais culturas foram basicamente semeadas pelos Extremo-orientais, os chineses antigos, em suas navegações inter-oceânicas, tal como a cultura andina teve influência egípcia, além de outros povos como os fenícios, que podem ter auxiliado neste intercâmbio cultural através das suas rotas comerciais.
Em termos de profecias, foram os nahuas quem realmente nos legaram profecias, porque os maias, sempre mais guerreiros, tiveram a sua cultura profundamente destruída pelo invasor europeu. Estas profecias vieram, então, através da tradição dos ciclos mundiais ou raciais, que sabemos pelos poucos códices remanescentes, serem idênticos aos dos maias. Para o final deste Quinto Mundo, em 2012, a escatologia nahua previu uma crise mundial na forma de “fogo e de terremotos”, coisa que está realmente acontecendo. Vale lembrar então, que o fenômeno dos vulcões está intimamente ligado aos terremotos, e tudo indica que, tal como já aconteceu no passado, Gaia, a Mãe Terra ou Pachamama, irá provocar uma reação às ações humanas na forma de atividades vulcânicas “saneadoras”, criando uma capa de cinzas para resfriar o planeta do aquecimento global que o ser humano insiste em provocar, mesmo contra todos os sinais dados pela Natureza, como foi o vulcão da Islândia no começo do ano de 2010. Esta transição de 2012 começa neste ano e termina em meados de 2013, no ápice do grande ciclo de manchas solares, correspondendo ao ciclo de 3,5 anos da profecia do Apocalipse sobre o “começo do fim”.
Assim, ao ler sobre os maias, cabe sempre ter em mente os seguintes itens:
- As profecias maias estão se cumprindo fielmente na atualidade, assim como muitas outras profecias das sociedades tradicionais.
- Os maias não eram “povos das estrelas”, embora detivessem amplos saberes astronômicos, para diferentes fins.
- Os maias não realizavam sacrifícios humanos, mais do que as sociedades modernas o fazem.
- Os maias tinha altas elites mas não eram elitistas, razão pela qual alcançaram organizar sociedades e fundar civilizações.

Da obra "Vivendo o Tempo das Profecias", LAWS

Ilustração: http://algarve-saibamais.blogspot.com/2010/01/os-maias-uma-civilizacao-misteriosa.html